Tolerância Zero e Democracia no Brasil
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O ímpeto de reprimir os crimes menores com o máximo de rigor produz a mágica de tornar as classes mais pobres e desamparadas, não apenas como preferenciais da vigilância - classes perigosas -, mas também como classes naturalmente criminosas. A violên cia, no âmbito das relações humanas, vem afligindo o mundo moderno e inevitavelmente o Brasil. O fenômeno é por isso mesmo objeto de um vasto exame nacional e internacional. Mas a diversidade das abordagens rearticula ideias que exigem uma análise mu ltidisciplinar, cuidadosa e profunda, dos parâmetros e conceitos envolvidos. Aqui, o autor desvela, por detrás do discurso ''aparentemente modernizante'' de um individualismo reacionário, de uma culpabilidade individual e de postulados que reivindica m o estatuto da ciência, um modelo autoritário e não democrático no plano político, que deixa de lado os axiomas da democracia, da igualdade entre homens e da compreensão das relações sociais. De fato, ao papel já salientado por Celso Lafer a respeit o ''da pobreza e do desemprego no processo de exclusão'', superpõe-se não só o incremento da brutalidade policial, como ''continuam a persistir situações para tornar os homens supérfluos e sem lugar no mundo comum''. Assim, a despeito do fim de algun s totalitarismos, constata Hannah Arendt, a sociedade moderna vê-se atacada por um mal insidioso e pertinaz que ameaça gravemente um de seus mais preciosos bens - o exercício da liberdade.
Atributos
- num_paginas:
- 174
- ano_edicao:
- 2004
- num_edicao:
- 1
- data_lancamento:
- 01/01/2004
- isbn13:
- 9788527307031
- ean:
- 9788527307031
- autor:
- BENONI, BELLI
- editora:
- PERSPECTIVA
- encadernacao:
- BROCHURA
- peso:
- 0.260
- altura:
- 22.500
- largura:
- 12.500
- comprimento:
- 1.000