ácaros QUE Depositam Flores
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A Poesia exige um ato de viva percepção e prontidão do autor, ele deve coligir à sua voz em escrituradas inquietudes, se possível promulgar o encarnado registro em erupção que se irrompe de novidade a cada sobressalto da aturdida garganta, daquele qu e descobre em cada escrita um verão em cada verso ou palavra. Leonardo Bachiega “Em ácaros que depositam flores” escreve com um olhar que desabotoa a roupa da palavra e desvenda outras sucessivamente. O poeta realiza um culto à imagística, os seus versos atravessam como feixe de luz a visão do leitor. O seu novo livro de poemas traz versos que se apuram numa concha própria, e quando aproximamos o ouvido, paulatinamente desatam-se em cântico marinho. Na poética de Bachiega os versos escu lturam-se em uma lógica de aglutinação de adjacências e desvios, bifurcando-se numa bonita semântica autoral. Na obra “ácaros que depositam flores” há um sinal de pressurização que habita a língua e a consciência do poeta, pois a temperatura adequ ada dita a capacidade dos ácaros produzirem ou não flores. Sem dúvida a condição temporal regra a produção. O autor com isso perpetra uma incandescente metáfora do ínfimo, do insignificante, da miudeza, num lusco-fusco o título vai e vem. O seu es pírito retórico habita também o território da grandeza, e em outro momento, parece pairar indiferente sobre o busto de ambos. Jean Narciso Bispo Moura – poeta e editor da Revista literatura & Fechadura. Primavera 2019
Atributos
- num_paginas:
- 112
- ano_edicao:
- 2019
- num_edicao:
- 1
- data_lancamento:
- 01/09/2019
- isbn13:
- 9786580103508
- ean:
- 9786580103508
- autor:
- LEONARDO, BACHIEGA
- editora:
- KOTTER
- encadernacao:
- BROCHURA
- peso:
- 0.166
- altura:
- 21.000
- largura:
- 15.000
- comprimento:
- 1.000