Confissao de Lucio, a - Edicao Biligue

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A CONFISSÃO DE LÚCIO, a mais elaborada narrativa de um dos maiores nomes do Modernismo português, considerada pela crítica como a obra-prima dentre as suas novelas, foi publicada pelo poeta Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) em 1914, um ano antes do su rgimento do primeiro número da revista «Orpheu». Ao incitar as personagens na busca de uma transcendência distorcida, Sá-Carneiro cria uma atmosfera de exacerbado lirismo. Capaz de acrescentar um prazeroso sabor ao narrar o inenarrável, mesmo no lei tor que possui poucas fibras de sensibilidade, é capaz de produzir um turbilhão interior próximo ao palpitar acelerado do coração quando em êxtase, ao capturar-nos pelos efeitos da surpresa e do suspense. Além disso, pelas características intrínsecas da sua obra, como o gosto pela civilização cosmopolita, a descoberta e a exploração de novos sentidos e sensações, elabora a presença explícita da defesa ou da oposição de pensamentos e considerações quanto à moral corrente, ao narcisismo e fundamen talmente quanto às obsessões mais íntimas, consubstanciadas pelo desejo do suicídio, pelo amor pervertido e pela anormalidade e loucura. Apresentado sob a forma de uma retrospectiva confessional, um romance policial de mistério complexo, a novela in icia-se com uma breve introdução, na qual o narrador, Lúcio, justifica o seu objetivo: confessar-se inocente após dez anos de prisão a que fora condenado pelo assassínio de um amigo. O narrador promete toda a verdade, mesmo que inverossímil, sobre es sa morte ocorrida em circunstâncias misteriosas, mas considerada judicialmente como um crime passional. Porém, será o encarceramento realmente a condenação a uma pena de prisão ou simplesmente um internamento psiquiátrico. Não sendo, portanto, uma na rração de toda fiel, todo o relato, apresentado em detalhes ambíguos, acaba por revelar-se uma questão de fundo a ser determinada pelo leitor: trata-se dum depoimento real ou simplesmente uma fantasia alucinada? Por ser um texto constituído por um r ealismo fantástico e de vanguarda, já que Mário de Sá-Carneiro empenhou-se na busca de novos significantes em uma ruptura com o modelo centrado no código princípio-meio-fim, A CONFISSÃO DE LÚCIO continua aberta a novos e amplos estudos e interpretaçõ es.

  Atributos

num_paginas:
248
ano_edicao:
2019
num_edicao:
1
isbn13:
9788580700640
ean:
9788580700640
autor:
SA-CARNEIRO, MARIO DE
editora:
LANDMARK
encadernacao:
BROCHURA
peso:
0.430
altura:
21.000
largura:
14.000
comprimento:
1.500